Dia do Doador de Sangue reforça a segurança do processo de doação para quem doa e recebe
Para garantir a eficácia das transfusões, são realizados exames que certificam que não há contaminação no sangue doado
Dia 14 de junho é comemorado
o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data é uma forma de conscientizar as
pessoas em prol da doação, além de destacar a importância de uma transfusão
segura. Ainda existe medo quando se fala em doação de sangue: o da
contaminação. Mas é importante destacar a segurança do processo. Com o avanço
nas tecnologias e a capacitação dos bancos de sangue, o risco de se contaminar
ao doar o sangue é quase que nulo, pois todo o material utilizado na coleta é
estéril, de uso único e descartável. Além disso, os testes feitos no sangue
doado garantem que nenhum vírus seja transmitido.
No Brasil, cerca de 1,8% da
população é doadora de sangue, o que coloca o país dentro dos parâmetros da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar da segurança que as doações e
transfusões possuem atualmente, há cerca de 40 anos, ocorreu um episódio nos
hospitais públicos da Inglaterra, onde mais de 30 mil pessoas que receberam
transfusões de sangue foram contaminadas e contraíram vírus como HIV e
Hepatites B e C.
As infecções ocorreram
porque evidências foram ignoradas na época e os processos que garantiriam a
segurança do material não se tornaram obrigatórios por elevarem os custos. Esses
processos podem ser exames, que são feitos em todo o sangue doado. No Centro de
Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), o material coletado é submetido
a testes de hepatites B e C; sífilis; chagas; HIV I/II e HTLV I/II. A doença
diagnosticada com maior frequência é a sífilis (0,73%), seguida de hepatites B
(0,63%) e C (0,07%).
Biologia Molecular
Dentre os exames realizados,
alguns podem ser feitos utilizando a biologia molecular, uma técnica de alta
sensibilidade, que possibilita o diagnóstico de forma ágil e precisa. No
Hemepar, a técnica é utilizada para detectar o genoma viral do HIV (Vírus da Imunodeficiência
Humana) e hepatites B e C. O Centro também realiza exames de talassemia em
pacientes referendados para investigação. Neste caso, pacientes com a condição
não podem doar sangue, assim como quem possui hemocromatose hereditária (HH).
A Mobius, empresa que
desenvolve e comercializa produtos destinados ao segmento de medicina
diagnóstica focada em biologia molecular, oferece o teste Talassemia NGS
Devyser, que detecta alterações genéticas nos genes HBA1, HBA2 e HBB, incluindo
SNVs, CNVs e indels. A talassemia é um grupo de doenças que afetam a produção
de hemoglobina, o que pode resultar em um grave quadro de anemia.
Além deste exame, há ainda o
kit HFE Devyser, que detecta a HH e as principais mutações do gene HFE, uma
condição genética onde há acúmulo excessivo de ferro no corpo e afeta órgãos e
tecidos, como fígado, coração e pâncreas. Os sintomas podem ser leves, como:
fadiga e dores abdominais ou nas articulações, ou graves, incluindo cirrose
hepática e insuficiência cardíaca.
Estes exames são
recomendados quando há sinais ou sintomas sugestivos, ou histórico familiar,
pois ambas as doenças são hereditárias, transmitidas de pais para filhos. O
hematologista é o especialista indicado para o acompanhamento e tratamento
dessas condições. No caso de talassemia leve, geralmente não é necessário
nenhum tratamento específico. No entanto, em casos graves, o paciente pode
precisar de transfusões de sangue ou terapia quelante. Já a HH pode ser tratada
pela remoção do excesso de ferro no organismo, através de flebotomia ou sangria
terapêutica.
Doar sangue salva vidas!
No Paraná, o número de
doadores aumentou em 9% no ano passado para o mesmo período do ano anterior.
Mas apesar dos bons resultados, os estoques ainda ficam em baixa durante
algumas épocas. “As doações aumentam em épocas mais quentes e com clima mais
ameno, mas reduzem significativamente em períodos festivos, férias e feriados
em geral. O clima mais rigoroso também reduz o número de doações por problemas
respiratórios e campanhas de vacinação. Em vésperas de feriados e férias
escolares há uma intensa necessidade de campanhas, para nos prepararmos para as
possíveis quedas nos estoques”, destaca Vivian Raska, diretora do Hemepar.
Para doar sangue, é preciso
ter entre 16 e 69 anos (até os 17 anos e 11 meses, apenas com consentimento
formal dos responsáveis); pesar mais de 50 Kg; estar bem de saúde e não estar
de jejum no dia da doação. É coletado aproximadamente 470mL de sangue, de
acordo com o peso e altura do doador, além de quatro tubos de sangue para a
realização dos exames. Caso seja identificada alguma doença, o doador é chamado novamente para realizar
novos exames e, caso comprovado, o sangue é descartado.
Sobre a Mobius
A Mobius faz parte de um
grupo sólido de empresas com mais de 25 anos de atuação e grande expertise no
mercado. Desenvolve, produz e comercializa produtos destinados ao segmento de
medicina diagnóstica, fornecendo kits para o Diagnóstico Molecular in vitro de
doenças infecciosas, oncologia e genética médica, tornando o diagnóstico cada
vez mais rápido e preciso. Para mais informações, acesse
https://mobiuslife.com.br/
COMENTÁRIOS